quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ipê


Nesta semana fiz uma viagem até Sertãozinho cidade localizada próxima a Ribeirão Preto e considerada a capital mundial do setor sucroalcooleiro. Saí de São Carlos e fui rumo ao meu destino, destino esse que mais uma vez me reservou grandes surpresas, surpresas essas que me faz cada vez mais acreditar que a natureza tem um papel essencial em nossa vida, coisa que eu, nunca duvidei.

Pela estrada fora eu fui bem sozinho...pensando na vida, ouvindo musica e observando a paisagem que a mãe natureza mesmo sendo desafiada, resiste e pinta belas paisagens com tanta precisão.

Entre verdes matas e campos extensos vejo Ipês a florescer, a cada quilometro rodado, estava lá uma árvore a me encontrar. Com seus buquês amarelo-ouro vejo raios a ofuscar meu olhar e passo a pensar em cada um que encontrei; amarelos, roxos, brancos e rosas. Ipês tem tons e cores a escolher.

Seus galhos e caule antes do florescer são secos e rachados, quanto mais frio e seco o inverno, maior será sua florada, como algo que parece morto que necessita do sofrimento, como o frio e o ar seco, podem nos proporcionar tamanha beleza? Como podemos não perceber antes do seu florescer que ali existe beleza e vida a incandescer? Como nós, só conseguimos enxergá-lo em seu florescer? Como nós passamos por eles sem os perceber?

São perguntas que sempre ficarão em nossas cabeças e muitas vezes sem respostas e isso me faz refletir cada vez mais, quanta beleza (pessoas) que deixamos passar por nós, por não termos a paciência de esperarmos florescerem?

Ficam as perguntas e a reflexão pra você.

Esses Ipês foram alguns que encontrei pelo caminho.









Fotos: Gui Venturini via celular.