quinta-feira, 1 de julho de 2010

Meu ‘interiô’


Esse poema é uma homenagem ao meu Pai, meus irmãos, Guto e Xandão e também ao amigo e irmão Renê Guerra que me inspirou a escrever estas palavras.

A minha terra é o “interiô”
Que cultiva paz e “amô”.
Por aqui a vida é encantada
E é “atravéis” da minha enxada
Que sustento a minha morada.

A natureza por aqui é sempre “prena”
Que invade rios e correntezas.
E com o chapéu na cabeça vou para
minha lavoura cuidar e cultivar
a minha existência.

O arado já está preparado pra “semeá”
E se a sabiá canta lá na laranjeira as
“Abeia” se delícia com a cana no “canaviá”.
O café colhido já foi torrado e moído, coado
E seu aroma “espaiado” para todo os lado.

Ê “interiô”,
“Ocê” é meu “amô”.
És minha paixão em grãos de;
“Mio”, “arroiz” e feijão.

É encanto que me leva aos prato
Que traz saudade e lembranças
Do tempo que eu era criança.

Se o passado me “faiz” atrasado
O hoje deixa eu envergonhado.
Por que da terra eu sou,
Da água eu vivo e das
palavras “simpres” eu poetizo.

Assim sou eu,
um caipira de “valô”,
um homem do interiô.

2 comentários:

  1. Como já sabes, és meu amigo e irmão,
    e há muito já mora em meu coração;

    E dessas palavras bonitas que escreveu com tanto amor e carinho,
    me sinto um tanto um quanto honrado de ter ajudado nesse caminho;

    Uma declaração de amor ao homem do campo,
    que rala, sofre,apelidado de "calango".

    Mas também é calejado de amor no que faz,
    demostrando a todos que é muito capaz.

    Caro amigo, sabe que sempre pode contar comigo!
    Por aqui eu fico, deixando um forte abraço,
    esperando já um novo texto pra postar novos comentários!

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  2. Esse é meu irmão que escreve com o coração.
    Nasceu na Capital e veio conhecê meu interiô.

    Assim se apaixonô e por aqui ficô.

    Bons frutos esse menino cultivô

    E hoje tá lá pas banda de Ribeirão que
    não é um rio, mas é um baita cidadão.

    Beijo no seu coração e brigado por sua participação.

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